O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) repercutiu, na
sessão desta segunda-feira (09), anúncio, feito pelo governador Flávio Dino
(PCdoB), para a realização de concurso público que abre 1.500 vagas de cargos
de professor do quadro permanente da Secretaria Estadual de Educação. O
parlamentar reforçou que as inscrições estarão abertas do dia 14 ao dia 29 de
novembro e que o salário inicial daqueles que forem aprovados será de R$ 5 mil.
“Esse fato realmente é muito marcante, importante porque o
governador mostra, cumpre mais um de seus compromissos de campanha, que é o de
valorizar a educação pública de qualidade. E para que se possa reverter esses
anos de abandono é preciso haver mais professores e, principalmente, sendo
contratados através da forma mais legítima e democrática, que é o concurso
público, dando oportunidade a diversos profissionais que desejam entrar na
carreira do magistério”, disse o deputado durante o pronunciamento.
Segundo
o parlamentar, o anúncio feito pelo governador chama atenção por outra razão,
pois enquanto outros estados estão com dificuldade, inclusive de pagar a folha,
o Maranhão realiza um concurso público desta dimensão, mesmo estando também com
dificuldades financeiras muito graves. Othelino disse que boa parte delas foram
geradas por dívidas deixadas pela gestão anterior que beiram R$ 1 bilhão,
agravadas pela crise econômica, pela redução dos repasses constitucionais,
marcadamente, do Fundo de Participação do Estado que houve em meses sucessivos.
Othelino frisou que, a partir do combate ao desperdício, ao
desvio de recursos públicos e àquilo que era supérfluo na gestão anterior, hoje
o governo Flávio Dino conseguiu ainda fazer um ato desta importância, que é
realizar um concurso público para contratar 1.500 professores. O deputado disse
que o fato chamou atenção do país e, em diversos estados, houve comentários
sobre o concurso no Maranhão, desde o jornalista Chico Pinheiro, que comentou
em redes sociais, ao senador do Amapá, Randolfe Alves.
“Enfim,
merece o nosso aplauso e que nós todos, independente de simpatia política, de
motivação ideológica, concordemos que é um ato marcante para o Maranhão,
porque, além de tudo, começa-se a eliminar essas contratações em caráter
temporário, que, por anos, e foram regra. Importante ainda para que o
professor, que é aprovado em concurso, possa construir uma carreira e se
dedicar à formação de bons cidadãos. E, assim, nós vamos vencer e conseguir
alavancar uma educação de qualidade no Maranhão”, comentou o deputado.
Sobre
declarações de Sarney
No
Tempo dos Blocos, o deputado retornou à tribuna para rebater declarações
feitas pelo ex-senador José Sarney (PMDB) sobre o andamento de investimentos no
governo Flávio Dino (PCdoB). “As obras não são das pessoas físicas, elas são do
governo e uma gestão que sucede a outra tem o dever de dar segmento àquilo que
ficou estabelecido, contratos, realizações que ficaram e foram deixadas pela
metade. Infelizmente, a grande obra deixada pela ex-governadora Roseana Sarney
(PMDB) foi um estado extremamente pobre e endividado”, disse.
Othelino
reiterou que Roseana Sarney deixou para o governo Flávio Dino um Estado quase
acabado, destruído. Segundo o deputado, a ex-governadora, em 14 anos de
mandato, levou diversos municípios do Maranhão aos piores IDH’s, os menores do
Brasil. “A maior taxa de analfabetismo do país é outro troféu! O atual governo
está enfrentando o desafio de tentar mudar esse quadro. Hospitais construídos
com dinheiro do empréstimo do BNDES e não inaugurados em sua grande maioria.
Muitos foram inaugurados só a fachada e depois novamente fechados”, comentou.
O
deputado citou ainda como lamentáveis legados da ex-governadora a estrada
fantasma Arame/Paulo Ramos, o famoso polo de confecções de Rosário, que deixou
centenas de pessoas sem crédito por estarem negativados, graças a um golpe dado
com o aval do então governo; da Refinaria Premium, entre outros.
Othelino
lembrou ainda que o Maranhão, durante o governo Roseana, bateu todos os
recordes nacionais de aparecer em escândalos. “Havia um escândalo nacional e lá
estava o Maranhão, geralmente, com a ex-governadora participando, vide operação
Lava-Jato, que ainda hoje assombra uns e outros. Então, que obras são essas que
ficaram inacabadas? E na verdade, a grande missão do governo Flávio Dino é
construir um Estado destruído, que já foi rico, mas que foi, de forma cruel,
empobrecido”, comentou.
Segundo
o deputado, o Maranhão está mudando os privilégios dos "ex-mandões" e
isso incomoda muito. “É um governo que, apesar das dificuldades, vem
conseguindo fazer diferente. No mês passado, o Maranhão foi um dos poucos
estados que conseguiu ainda gerar vagas formais de emprego, diferente da
grande maioria do país”, disse.